terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sala vazia


Raiva
Dor
Angústia
Anseio
Receio


Silencio
Vazio
Nada


Onde estão minhas palavras?
Cade a inspiração?
Onde está você
Quando mais preciso de fogo
Hoje sou ar
Vento
Vazio,sem questão
Não há um porque
Não há nada

Um comentário:

Matilde disse...

Hino à Solidão

Diz-se que a solidão torna a vida um deserto;
Mas quem sabe viver com a sua alma nunca
Se encontra só; a Alma é um mundo, um mundo
aberto
Cujo átrio, a nossos pés, de pétalas se junca.

Mundo vasto que mil existências povoam:
Imagens, concepções, formas do sentimento,
— Sonhos puros que nele em beleza revoam
E ficam a brilhar, sóis do seu firmamento.
É só na solidão que a alma se revela,
Como uma flor nocturna as pétalas abrindo,
A uma luz, que é talvez o clarão duma estrela,
Talvez o olhar de Deus, de astro em astro caindo...

E dessa luz, a flor sem forma, há pouco obscura,
Recebe o seu quinhão de graça e de pureza,
Como das mãos do artista, animando a escultura,
O mármore recebe a sua alma — a Beleza.

António Feijó

Tudo tem um lado positivo minha Borboleta. Beijo :)