quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Flores na janela


Numa manhã encantada
Depois de uma noite enluarada
Onde na varanda teve roda de violão
Comida,prosa,canção


Ali na varanda havia um moço
Um violeiro misterioso
Cantar afinado,jeito charmoso
Que sob suas canções me embalei


Sem que meu pai percebesse
Nos olhávamos
Em alguns momentos,
ele cantava olhando pra mim


Com tímido sorriso
Esse anjo caiu do céu
Bateu suas asas
Tocou sua arpa
Abalou meu paraíso


A noite correu solta
Entre acordes e notas 
Me perdi,apaixonei
Pelo moço da viola


Ele tem voz doce
Olhar de gato
Tipo distinto
Jeito de mato


Tudo o que eu podia fazer
Era segurar a barra da saia
Ensaiar uma dança
Mais tímida diante do moço
Voltei a ser criança


Depois da janta,foi então
Ele tomou seu violão
E bem junto do coração entoou
Uma linda canção


Nessa canção dizia 
que havia conhecido uma moça
Que pra ele era uma linda
Porcelana,boneca de loça


Que pra demonstrar o seu amor por ela
Pra se declarar de forma singela
Ao amanhecer do dia
Colocaria flores em sua janela


Foi então a última canção
E com dor no coração
Disse adeus ao moço com seu violão
Que me acompanhou segurando minha mão


E num nomento ali no portão
O moço sorriu 
Eu olhei pro chão
E num gesto simples
Beijou a minha mão


Fui pra cama chorando
De amor soluçando
Com saudades do moço
Eu estava amando...


O dia raiou aqui na cancela
Vou fazer o café
E ali bem de pé
Tive uma surpresa singela


No que olho na cozinha
tinha tanta florzinha
Flores lindas na janela


Tinha ali um cartãozinho
Era azul,pequenininho
Nele dizia
"Minha flor venho aqui cumprir minha promessa
Resolvi ficar não tenho pressa"


RayfarfallaBlu



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